30 de ago. de 2008

ANIMA E ANIMUS


Jung atribui a arquétipos o lado feminino da personalidade do homem e o lado masculino da personalidade da mulher. O arquétipo feminino no homem é chamado anima, e o masculino na mulher, animus. Eles são o produto de experiências raciais do homem com a mulher e vice-versa. Constituem a "alma" de cada homem e mulher. No que se refere ao caráter dessa "alma" ela costuma ter todas aquelas qualidades humanas comuns que faltam à atitude consciente. O tirano atormentado por maus sonhos, pressentimentos sombrios e receios interiores, é uma figura típica. Exteriormente cruel, é porém sujeito a qualquer humor, como se fosse um ser menos autônomo e mais maleável. Sua alma contém, pois, aquelas qualidades humanas de fraqueza e determinabilidade que faltam completamente à sua atitude exterior, à sua persona. Se a persona for intelectual, a alma será sentimental com toda certeza. O caráter complementar da alma atinge também o caráter sexual, conforme pude constatar muitas vezes. Mulher muito feminina tem alma acentuadamente masculina; homem muito masculino tem alma feminina. A anima e o animus têm um papel importante nas relações amorosas, onde as pessoas, inconscientes desses arquétipos, são levadas a projetá-los no sexo oposto. O desenvolvimento consciente da anima e do animus acarreta numa ampliação da personalidade e num relacionamento mais rico com o outro.

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